segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Paixão

Quero uma paixão boba, dessas que tem sorrisos, beijos, brigas, ciúmes e até saudade. Quero uma paixão dessas que eu não possa viver sem, não possa ficar longe um segundo, uma que mude o meu mundo. Quero uma paixão enlouquecida, que não seja brisa, mas ventania, me faça até perder o rumo. Quero namorar no portão, na praça, na praia, na rua, quero namorar escondido, quero ver seus "chiliques", brigar, e fazer as pazes com sexo. Quero dizer que quero tudo isso contigo, quero dizer que valeu a pena esperar, quero dizer "você é tudo que eu precisava", quero ser tudo que você sonhava.Quero sonhar acordado, quero acordar do teu lado, quero sonhar contigo ao meu lado. E talvez tenha encontrado...

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Encontro as escuras...

Um encontro às escuras que deu certo, ou não! (Como?)
Certa Feita (melhor que "era uma vez") um amigo me convidou para sair com ele e duas meninas... Bom, eu era solteiro (ainda sou, e pelo visto assim ficarei!), não parecia problema. Perguntei sobre características da menina que em tese seria para mim (se era inteligente, carismática e tals... Mentira, perguntei se era gostosa, bonita...) e ele não soube dizer. Ao chegarmos no lugar, vi que tinha um moça que parecia "inteligente" conversando com um cara na moto, pensei "se for ela estou feito", nesse mesmo momento, sai outra de dentro da casa (um pouco menos "inteligente", mas comível, quero dizer conversável), e se dirige até o carro... Ao chegar ela já beija o meu amigo (essa não era, ou era e curte um menage, mas não era) e diz que minha acompanhante estava por vir. Fui para o banco de trás do carro, e fiquei observando, até que caio em uma gargalhada dessas que dá dor no estômago, pois imaginem cada um tem um gosto, mas esse infelizmente naquele momento, não é o meu... De dentro da casa estava saindo uma moça que aparentava ter uns 150 kilos, 1,50 de altura, pele cor negra, e um cabelo "loiro" em formato de guarda-chuva ( não sou preconceituoso, quem me conhece sabe, mas gosto é gosto é esse não é o meu). Fiz um esforço além do comum para parar de rir (eu não sei porquê ria, mas eu ria muito), e ser o mais educado com aquela moça que seria minha acompanhante. Tudo bem, seremos amigos, isso não vai ser problema... que nada... Dentro do carro mesmo a mocinha já estava se "assanhando", e eu ficando assustado e pensando (nem se eu tomar um barril de chopp sozinho consigo "matar" esse hipopótamo) resisti até o final... Esse meu "amigo" querendo muito mostrar a sua acompanhante para as pessoas, nos leva direto para Cidade Baixa... Chegando, minha acompanhante tentou pegar minha mão umas duas vezes (eu já não sabia o que fazer, eu não queria deixar mais constrangedor que já estava) então peguei o telefone e comecei a ligar para todos os números da agenda e puxar conversa, assim fui me afastando dos três até o final do passeio... Na volta, não satisfeito, meu "amigo" resolveu convidar as meninas para vir para minha casa (eu pensei, fudeu, ela tentou pegar minha mão na Cidade Baixa, dentro do meu apartamento vai me estuprar, e ela era grande, bem grande). Ao chegar no portão, notei que estava sem controle, e vi a luz da casa de uma vizinha do condomínio acesa, era no térreo, fui até a janela e pedi o controle, para minha FELICIDADE, ela também não tinha, mas sua hóspede sabia abrir o portão... Logo sua hóspede sai porta fora, meio louca mesmo (essa era muito "inteligente", que gostosa, nossa, ela saiu com um pijama rosa (essa era a parte de baixo, encima não lembro como ela estava, fiquei compenetrado na bunda da mesma), foi até o salão pegou uma chave encima do mural de horários e "arrombou" o portão eletrônico do condomínio. Fiquei espantado com a espontaneidade daquela moça que quase esqueci minha acompanhante. Bom, subi com minhas "visitas" até meu apartamento e usei o truque do celular novamente, para poder descer e ir conversar com aquela deusa que ainda não tinha visto no condomínio. Fui até a janela da minha vizinha, expliquei minha história, e pedi para ficar com elas ali um pouco, eu queria mesmo era a oportunidade para "conhecer melhor" aquela vizinha. Isso era um poico mais de 4 da manhã, conversamos até umas 9 ou 10 horas, e ficamos... Ficamos por um tempo depois disso, e hoje somos amigos. Ela é com certeza uma das mulheres mais independente, espontânea, incrível, amiga, inteligente no sentido do dicionário, que eu já conheci, além de uma das mais gostosas também. Valeu por abrir o portão aquele dia Yara K. Schmidt (o Yarão)! Oportunidades aparecem para quem está de braços abertos para ela... Foi Shakespeare que disse isso, se não disse, deveria ter dito!

Despedida...

É triste se despedir, mas chegou a hora. Nada é para sempre eu sei, mas a convivência nos ilude, o conforto nos trai, e na verdade, nunca estamos preparados para esse momento. No fundo, sei que você vai ficar bem, mas mesmo assim, um minuto do meu dia, se quer, tiro meu pensamento de você, e assim são e serão todos os dias até o fim! Quando estou triste, penso em nossos momentos juntos, em e isso me consola, é só eu e você, contra um mundo lá fora... Agora, aquele som que parece distante, e vai se aproximando, como uma "Maria Fumaça" que vai se aproximando da estação, está me avisando, é hora de levantar e tocar o dia para frente, e mesmo relutante, sei que isso é o certo... Mas pode ter certeza meu bem, estaremos bem! É , minha cama amada, conto as horas para reencontrar!
As paixões são como ventanias que sopram as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens, nem aventuras, nem novas descobertas. 
Voltaire

o terreno de esquina de um agricultor...

Ontem, caminhando em Canoas, vi um terreno no Jardim do Lago que servia como área para plantação de alguns vegetais. Aos olhos de alguns, uma atitude bonita, aos meus, lamentável. Em um terreno de valor acima de meio milhão de reais (bem acima), lugar nobre, terreno de esquina, e com a infra-estrutura­ que quem conhece Canoas sabe que o Jardim do Lago tem (os caras são tão "maravilhosos" que no domingo as suas ruas, que são PÚBLICAS ficam FECHADAS para que só eles possam circular com seus belos carros importados), uma dessas pessoas muito bem-sucedidas financeiramente­, não sabendo mais onde enfiar o seu dinheiro, resolveu virar micro-agriculto­r, e investiu muitos milhares de reais (muitos mesmo) nessa "saudável" empreitada. O dinheiro é dele, eu sei, ele faz o que quiser, mas com esse mesmo investimento, um pouco mais quem sabe, ele poderia comprar alguns hectares de terra no interior, colocar algumas famílias a trabalhar, assim as ajudando, e sempre que quisesse ter alimentos saudáveis, iria buscar, poderia ficar lá cuidando também. São esses pensamentos egoístas que me fazem desacreditar na sociedade, e esse é um exemplo, as diferenças entre os que tem para os que não tem são tão gritantes, visíveis em todas as esquinas. O egoísmo mascarado por uma hipocrisia imunda parece se disfarçar dentro do próprio ego de alguns, estes que doam R$15 para o Criança Esperança, e passam por cima de uma criança atirada na calçada... O que os olhos veem o coração não sente, o que os olhos não veem, isso o coração sente... Assim deveria ser esse ditado! E a grande maioria dos que não tem são tão estúpidos que se influenciam por qualquer chamada da mídia, "PENA DE MORTE!", "DIMINUIÇÃO DA MAIORIDADE PENAL!", mal sabem eles que quem vai acabar morrendo são seus filhos, seus parentes, amigos e não os desgraçados que fuderam com toda essa porra, é como se tivesse um grande empalador que cuidadosamente foi colocando os paus fincados na ignorância da sociedade e os pobres miseráveis vem e colocam suas bundas ali para serem rasgadas! Mas eu só queria falar do terreno de esquina, e do nosso grande micro-agriculto­r!

Acordando

Aquele som ao fundo era familiar, sim, é hora de levantar. Desligou seu despertador, "rastejou" até o banheiro para com o banho despertar e vestiu suas roupas batidas. Literalmente "engoliu" o café da manhã, pegou seu molho de chaves e rumou acelerado para a parada de ônibus pois já estava atrasado. Pensou em falar com aquela moça que troca olhares durante a viagem, mas esse pensamento foi consumido pela lembrança do relatório que ainda não havia entregado. Lá na Estação Mercado, sempre a mesma indiferença, todos passam, cruzam, rápidos como fossem fazer o relógio girar em sentido contrário, e ele ali acompanhando e as vezes sendo trombado. Ao chegar no trabalho aquele "bom dia" indiferente, com uma certa falsidade, todos sabem que esse dia não é tão bom assim, mas seguem acomodados... Sentado na mesa, ele liga seu computador, fita sua imagem na tela ainda escura e pensa: "Quando é que isso vai mudar?". Logo começa a desempenhar suas tarefas diárias, os relatórios, os emails com a colega gostosa, uma conversa na hora do almoço, a correria para entregar o relatório, e chega o fim do expediente. Ele vai para casa, o mesmo trem lotado, a espera pelo ônibus, e enfim ele chega em casa, cansado, muito cansado, ele esqueceu que queria mudanças, não esqueceu, está muito cansado para pensar nisso, então, ele liga a televisão e deixa que ela tome o lugar da sua imaginação. É hora de dormir, amanhã é outro dia, no seu travesseiro lembra de seu descontentament­­o, mas apaga, e só acordado pelo despertador, quase que automaticamente­ ele repete tudo novamente.

MucHAS gRACIAS!

Um dia eu saí por aí, sem muita grana, sem destino, com uma mochila. Eu pensei minha vida toda em fazer isso, mas por medo, nunca o fiz. Dias antes de sair, quando eu disse para mim que iria fazer isso no dia dos namorados, já comecei a desistir, que bom, pois ter passado esse pensamento intrínseco de medo, resolvi que deveria fazer mesmo, eu não me permitiria desistir. Quando fechei a porta do meu apartamento eu olhei por alguns segundos para o chão, pensando que o que eu estava fazendo era uma loucura, tive certeza que deveria fazer, eu sempre gostei de ser louco. Quando eu fui pegar carona na estrada errada para fronteira do país, vi que o que estava fazendo era uma burrice, bom realmente é, poderia ter visto um mapa antes de sair de casa. Mas para que mapa, eu não tenho destino. Quando pela primeira vez fiquei algumas horas esperando por uma carona, fiquei com medo, pensei em desistir mais uma vez. Mas, porra, eu tenho tempo de sobra, não custa esperar. Eu já conheci em poucas dias, pessoas incríveis, fiz festa, caminhei kilômetros com uma mochila que pesa mais que eu (isso é sério, vou ter que deixar algumas coisas no caminho se eu quiser continuar com uma coluna), passei frio, já "já enrolei um" com uns uruguayos que ficaram rindo de mim por não conseguir falar "árbol" (fazia tempo que não dava tanta risada), rodei de moto com um uruguayo muito louco (uma pessoa extraordinária, me conseguiu lugar para dormir, comida, sem falar o outro amigo que estava junto, um verdadeiro artista, toca vários instrumentos, desenha incrivelmente bem e toca gaita de boca, que inveja do cara, e só tem 18 anos, outro cara incrível fui recebido na sua casa também, e convidado para ficar). Mas isso tem sido até agora, do amanhã nem sei (MESMO), isso é meio assustador (bastante), por isso vou continuar. Amigos que conheci na estrada, a todos, muito obrigado, eu quero poder um dia ser metade do que são e estar de braços abertos para receber as pessoas como vocês me receberam, do fundo do meu coração, mutchas gracias!

Dias de estrada

E cada dia que vou passando na estrada me pergunto "por que não fiz isso antes?". Já são tantas histórias, tantas pessoas que só vieram a me acrescentar, e minhas ideias voam tão rápido que nem consigo acompanhar. Vivendo um dia de cada vez, e como diria Chaplin "Sem dinheiro, sem problema", me permitindo ir tão fundo em mim que aos pouco vou me sentindo capaz de conquistar qualquer coisa. Meu medo é pegar gosto pela liberdade, ultrapassar a linha de uma "simples experiência", a meta é voltar para o mundo capitalista, ainda mais forte, com uma experiência pura, vivida e não contada, sentida na pele, vista pelos olhos e guardada para sempre no coração. Esse mundo é tão grande, nosso tempo é tão pequeno, são muitas culturas, muitas línguas (só uma coisa, o espanhol é muito mais difícil do que eu pensava), cada cidade que se vai passando é uma história, uma forma, uma riqueza que se adquire. Aos poucos vai se vendo tantas formas de se olhar para a mesma, tantas caminhos de se chegar ao mesmo lugar, que descobre-se o quão importe é ter a mente aberta. Tanta gente se diz não ser preconceituosa, racista, mas frente a uma situação adversa reage como tal, tanta gente se diz revolucionária, mas nunca saiu da sua zona de conforto, tanta gente diz amar a liberdade e nem a conhece, tanta gente diz ser despojada, mas isso nunca passou das roupas que usa e da música que escuta. Viver tudo, um dia de cada vez, sem certeza nenhuma do amanhã é muito "louco", assustador, mas é muito prazeroso, é como pular de asa delta sem segurança nenhuma, é muita adrenalina, é muito viver. E viver, como já disse uma vez, é uma oportunidade única, não tem "replay", não tem "pause" é só "game over", e quanto mais coisas podermos agarrar dessa oportunidade melhor seremos. Humildade e modéstia não deveriam ser virtudes e sim requisito obrigatório para ser considerado um ser humano, a cada dia que vai passando mais vejo o quanto não sei nada, o quanto sou preconceituoso, o quanto não sou nada humilde e mode

Prisão Uruguaia

E por 20 segundos eu fui prisioneiro no Uruguai. Acho que estou fedendo ainda, pois me caguei todo. Mochileiro de primeira viagem é foda... Esqueci de pegar o documento de entrada ni Uruguai, e depois de várias cidades, vários dias, eu fui atravessar a fronteira e quiseram me prender por estar ilegal! Nossa! Imagina! Agora terei que voltar 200 km até Artiga, divisa mais perto e entra e sair no Uruguai novamente para poder seguir para Argentina. Sério, eu não sei se choro ou se dou risada da minha burrice. Pensem no meu pavor na hora que o uruguaio falou algo como "te prender e documentos", claro, o resto não entendi. Ele pegou meus documentos, me mandou para uma salinha e eu pensei "fudeu!". Sorte que só durou alguns segundos, o chefe da imigração mandou que eu voltasse para divisa... Quando escutei "voltar" quase pedi para ficar preso! Mas é a vida, seguindo em frente, ops, dessa vez voltando atrás!

Uma noite meio assim...

Em uma noite, pelo menos em sonhos, que vivi como realidade, estive de mãos dadas com quem queria estar, onde eu queria estar. E foi de incomensurável magia, inexplicável... Eu ali, sozinho, a beira do rio de la Plata, em um acampamento improvisado, pude fazer a tão esperada viagem, aquela que nunca esqueceremos, aquela dentro de nós mesmos. Estava frio, úmido, talvez perigoso, mas eu tive certeza que naquele momento era ali que eu queria estar, e pelo menos em sonho, estive com quem eu queria estar. Quando acordei eu soube que minha meta, nessa viagem estava se concretizando, e soube que tinha que seguir em frente. Foi apenas uma noite na beira de rio, sozinho, em um lugar desconhecido, mas será uma noite que nunca esquecerei.
Descobri também que não sei caçar e nem fazer fogo (mesmo com esqueiro, lenha e papel), mas nisso se dá um jeito.

Força do Universo

Quando realmente se quer algo, o universo conspira a nosso favor. Mas realmente querer algo é ir atrás, não desistir, superar as adversidades, manter a mente aberta para as oportunidades, ser ousado, despojado, ter coragem, ter humildade, conquistar o carisma do universo que te cerca, respeitar tudo e todos,respeitar as pessoas, a natureza. O universo conspira sim, alguns chamam de sorte, outros de benção, mas no fundo, isso é o resultado da tua luta, é a tua conquista, é a gratificação pelos teus esforços! Se tem em mente coisas boas, atrairá coisas boas, pois até inconscientemente, estará procurando se cercar do bem, as atitudes, as expressões, transcendem muito das nossas intenções, e cativar o mundo com boas intenções é meio caminho para que o mundo te alicerce na tua jornada. Sonhos, passei a acreditar mais neles, pessoas, passei a acreditar mais nelas. Não existem sonhos impossíveis, na verdade, impossível estará em breve sendo extinto do meu dicionário, e sobre as pessoas, sempre soube, passei a comprovar, não importa sua nacionalidade, sua raça, cor, todas são iguais, seres humanos, com seus defeitos, mas com seu universo de virtudes. Querer é poder, o distante logo ali, e há uma linha tênue entre a sonho e a realidade e essa é você que cruza, basta acreditar, algo que alguns veem como loucura... Então loucura deve ser esse doce prazer de se viver intensamente!

viajar

Todo homem deveria viajar! Todo homem deveria, pelo menos uma vez na vida, colocar uma mochila nas costas e sair por aí! Pois, inevitavelmente passará por alguma necessidade, e neste momento, estará aprendendo sobre humildade. Todo homem deveria conhecer outras culturas, conversar e aprendder sobre os mais diversos costumes, indagar sobre a base econômica, princípios de Direito, culinária local, entre outros muitos assuntos, e principalmente saber a opinião do "local" sobre os costumes de quem o indaga, neste momento se estará tendo lições sobre respeito. Todo homem deveria conhecer o que é sei, pois tudo que se encontra no mundo é do homem, por isso ele deve preservar. Todo homem deveria sair da sua zona de conforto e experimentar o "mundo lá fora", assim ele terá uma noção do seu incomensurável potencial. Todo homem deveria aprender mais sobre si mesmo, e não há melhor forma do que ele se ver sozinho, em local estranho, pois a partir do momento que cada homem aprender sobre si mesmo verá que ele precisa primeiro mudar a si mesmo, e então tentar mudar o mundo!
Quem sabe onde quer chegar não se importa com a estrada, nem com as pedras ou se vai estar sozinho. Quem sabe onde quer chegar, pode até errar o caminho, pode ter que voltar um pouquinho, mas sabe que no seu tempo chegará. Quem sabe onde quer chegar tem do tempo seu aliado, pois aprende a aproveitar cada passo dado! Quem sabe onde quer chegar, aprende que não existem fronteiras, os limites estão na cabeça, e então quando ele chega, logo desejará ir para mais longe, mesmo sozinho, mesmo andante, sempre ele vai seguir em busca de uma nova aventura.

Relicário

Ninguém sabe quando o "amor de verdade" começa, só se sente quando ele "termina". O que arrebata, dá calafrios (aquele friozinho na barriga) só em lembrar, aquilo que nos cega, é paixão. O amor é mais calmo, é carinho, chega de mansinho e domina o coração, e não a razão, como faz uma grande paixão. O amor é leve, e de sua forma, é para sempre, mesmo quando termina. E quando termina, ele não vira ódio, não vira descaso, vira uma jóia, que sempre vai ocupar o relicário do coração.

A cagada

Tem um tema muito delicado, tanto para os que já sentiram "na carne", quanto para quem nunca sentiu (o que acredito ser mentira, pois, quem já namorou já passou por esse inconveniente (para não dizer esse momento de merda).Realize-se sendo convidado para um jantar na casa da namorada, indo conhecer os pais e tal (já é uma situação constrangedora e ameaçadora por si só, o pai da menina pode ser um psicopata, um gremista, sei lá), bom, todos os preparativos prontos (vai no banheiro número 1 e 2 "muito importante", toma banho, e coloca aquela polo fedendo a naftalina e com furinho de traça, calça jeans e tênis, claro, o sapato da primeira comunhão nem serve mais)... seguindo, chega na casa, cumprimenta todos com uma cara de coroinha na primeira missa, dá um beijo no rosto da menina (que você já fez misérias, pois, se assumiu um compromisso desses sem experimentar a "química", meu amigo, você deveria ter passado de coroinha direto a padre)... é feita a "sala", com todas as apresentações formais, enquanto é posta a mesa (o pai da fulana te olhando com uma cara daquelas de filme de presidiário americano "tu não sabe se o cara quer te comer por ter comido a filha dele, ou te matar mesmo" e a mãe da querida puxando assunto, fazendo perguntas, que naquele momento de pura tensão, são extremamente difíceis, como o "qual o nome da sua mãe?", "sua idade?", porra, eu só quero sair vivo desse lugar, e nem sei que o pior está por vir... Passado todos esses lances, mesa posta, o que tem para janta, tcharam: Molho branco, no frango, massa, etc... E Eu, intolerante à lactose, mas não podia fazer "desfeita", tinha que experimentar ao menos, e estava bom, experimentei mais um pouco, já pensando,r "vou comer e correr para casa"... Terminando a janta, já ensaiei a despedida, sentindo que meu estômago já dava seus primeiros sinais da intolerância, o que restou inexitoso, visto o pai da fulana, que deveria ter sido oficial nazista, ou até mesmo o próprio Hitler, ter percebido minha movimentação e seus motivos (sabe que a fulana sabia da minha intolerância, e toda aquela janta poderia ser uma grande armação "será que ela tinha descoberto algo?")... continuando, sentei na sala, com todos a minha volta, (meu estômago nesse momento parecia cenário da guerra do Iraque, com todas aquelas explosões, sons que poderiam ser ouvidos da casa do vizinho, meu rosto vermelho, o suor frio), eu estava frente a um pelotão de fuzilamento de perguntas, que respondia apenas com gestos da cabeça, "uhum e aham", e sorrisos com poucos movimentos da face... Passada meia-hora (5 anos dentro da minha cabeça), resolvi me despedir, fui levantando (sem movimentos bruscos), e me despedindo (se não desce tempo de chegar em casa, parava em qualquer lugar, seria menos humilhante do que cagar na casa da namorada na primeira visita).. Foi dar os primeiros passos até a porta e começa um temporal daqueles que não se enxerga nada, e todos (preocupados com a minha segurança "sim, sim, claro!") impediram minha saída.Bom, pensei, fudeu, tenho que elaborar o melhor plano, vamos Renan, terá que pensar, "fugir?!", "Ir cagar e que se foda a fulana, nem era tão bonita assim?!", "ou, ir dormir cedo, inventando desculpas, esperar a casa cair (todos dormirem), e ir ao encontro da felicidade?!... Bom, quase mandei a fulana se fuder, mas ela era gente boa, resolvi pelo plano 3.... Pela primeira vez tive sorte, em menos de meia-hora (as piores que já tive em toda minha vida), a casa tinha caído, e eu no sofá da sala, pé-por-pé, fui ao banheiro, entrei, um papel sobre o vaso "interditado", pensei, é o nazista da de sacanagem, não e possível, mas se tiver mesmo, dou um jeito, sentei e (bom, pouparei quem conseguiu ler até aqui dos detalhes, mas devem imaginar)... Feito, o pior passou, eu pensava, pois, a merda da descarga realmente não estava funcionando, ou eu tinha acabado de estragar... saí atrás de um balde, não achei, procurei a chave para sair da casa e procurar no pátio, não achei, bom, depois de estar quase amanhecendo, resolvi dormir, acordar ela discretamente, e bom, daria um jeito na bagunça... Peguei no sono, e quando acordei (bom, eu tinha ficado a noite e madrugada toda na tensão), estava a mãe da fulana andando de máscara com um balde, e o pai da fulana gritando algo do tipo "meu Deus, mas quem fez isso aqui?" (como se o filho-da-puta não soubesse)... tentei ver se a porta estava aberta, e pensei em sair correndo, neste momento vejo a fulana que me olhava com uma cara que não consegui definir (era um misto de pavor, reprovação, pena, entre outros sentimento que se confundiam na face dela)... Bom, levantei, todos me olhando, dei bom dia, como de costume, ia até o banheiro para me recompor (estava acordando ainda), olhei novamente ao meu redor e mudei de ideia... Olhei para ela, para o relógio, e disse, estou atrasado, me despedi meio sem graça, e saí... Acreditem, ela nunca mais me ligou, e moral da história... Essa foi a única cagada que eu fiz, que sozinha, terminou um namoro meu...
Um dia você pára e olha para trás, como se estivesse colocanco toda a sua vida diante de seus olhos e percebe quantos erros cometeu... Egoísmo, imaturidade, idiotice mesmo, a desculpa, pouco interessa, o que vai interessar mesmo é a consequência, um amigo, um amor, uma ferida, uma confiança... Não há como reconstituir uma confiança abalada, assim como não se reconstitui um cristal que ao tocar o chão, se dividiu em milhares de pequeninos pedaços. E por conta disso, acredito que se arrepender é justo, necessário, pedir perdão, mesmo que sem resposta, é virtuoso. Orgulho tem que ser ponderado, não pode ser tornar um auto-fragelo... As relações são as coisas que mais pesam na mochila que carregamos pela vida, sendo o seu fardo as frustrações, eliminar relações é praticamente impossível, mas trabalhar as frustrações geradas em relações é plausível, e esse ato faz com que tiramos uma parte considerável do peso nas costas, e assim possamos trilhar nosso caminho com mais serenidade, consistência e paz.
Como nós homens somos ingênuos... Nós, os "pegadores" (Aham, sei!), gavolas por sermos mestres na arte da sedução (Que piada!), sempre achamos que sabemos envolver as mulheres, quando bastou nos emaranhar em seus cabelos, para ficarmos presos... Nós, "Don Juans", nos valemos de todas armas para seduzir a pessoa desejada, quando somos arrebatados pelo toque dos lábios... Nós, "conquistadores", usamos de belos versos, boa conversa, para ganhar as suas atenções, para elas, basta nos olhar, ou até mesmo, nos ignorar! E Eu, que sempre pensei que escolhi minhas mulheres, quando elas que me escolheram... Não só ingênuos, mas patéticos... Nós homens, quando nos apaixonamos, viramos crianças grandes, enquanto elas só amadurecem com suas paixões... Nós homens, nos desesperamos ao perder, acho que elas nem sabem o que é perder... Garotos, isso é o que somos, "e perto deu uma mulher, somos só garotos"!
Posso parecer meio bobo, mas como é incrível ter um bichinho. Acabei de acordar com o Bin Laden fazendo seu ritual da madrugada, antes de dormir (acho que ele pegou minha mania de dormir na madrugada)... Deixo a porta do quarto entre-aberta, ele entra, pula na cama, deita e começa a lamber meu braço (sei que ele faz isso para que eu acorde com intuito de receber um carinho antes de dormir), depois dos carinhos e lambidas, ele vai para as minhas pernas e deita sobre meus joelhos, de forma que eu fico quase sem poder me mecher para não acordar ele (claro, ele fica bravo se acordar ele, até rosna). Tem uma troca, velada, que acredito ser inquebrável entre nós dois, eu sinto que ele se sente seguro ali onde ele está, e ele reteibui essa tranquilidade com carinho. Ele nunca agradeceu por eu ter tirado ele da rua (pois então, eu adotei ele) e nem precisaria, mas esse meu gesto é retribuido todo dia com carinhos, com brincadeiras, com faceirices (tem que ver a alegria dele quando me ver chegar), e sinto que agira, na verdade, quem deve a ele sou eu, por ultimamente não ter tido tanto tempo para "brincar" com ele, levar ele na praia etc. Mas é isso, não agradeça, retribua...
Quero uma vida indescritível:
Paixões que me desbaratinem,
Beijos que me tirem o ar,
Olhares que me arranquem as roupas,
Sexo até desfalecer...
Quero alegrias que eu não possa mensurar,
Sorrisos que me façam curvar,
Amigos em que eu possa confiar...
Quero as batalhas mais difíceis,
Então, serei agraciado com as vitórias mais honrosas.
Quero dores também,
Com elas aprenderei algums valores!
Quero viajar por todos os lugares,
Conhecer todas as pessoas,
E ter histórias para contar,
Dessas que ninguém vai acreditar!
E quando eu estiver bem cansado,
Quero caneta e papel,
Para esse sonho eternizar!
Na Facebooklândia...
Todos os casais são perfeitos, só há amor, não há traição. Já os solteiros estão muito bem na sua situação e desconhecem a carência.
Todas as pessoas vão para a academia até as gordinhas. Já os muito poucos que não vão, sim, há exceção, estão contentes com as suas barriguinhas.
Todo mundo come sushi, na verdade, é a comida típica da Facebooklândia. Mas também há exceções, os que não comem sushi estão no Mc Donalds.
Dificilmente uma pessoa tem menos de 500 amigos, os que não tem, certamente sofrem de depressão. (Mas acho que dá para contar com uma meia dúzia)
Na Facebooklândia existem todos os tipos de pessoas, e é incrível como elas mantém suas personalidades fortes, tem os ativistas, ecologistas, defensores de animais, sensacionalistas, defensores dos direitos humanos, da pena de morte, os que não querem porra nenhuma, e os que são de tudo um pouco, assim como Eu.
As festas na Facebooklândia são incríveis, as pessoas se amam muito, nossa, mas é só nas festas mesmo.
Na facebooklândia tem um lugar sagrado "no que você está pensando?", ali muitas pessoas desabafam, tem uns que contam coisas que nem a mãe deles se interessa, mas eles acham que vai interessar aos seus mais de 500 amigos. (confundem com um psicólogo e abrem seus nobres coraçãozinhos)
Na Facebooklândia estão sempre te convidando para jogar, mesmo que tu não queira, é foda isso.
A Facebooklândia é confundia as vezes com o "mercado livre", as pessoas colocam fotos suas parecendo que querem se vender.
A Facebooklândia é resultado de uma migração que vem ocorrendo, sim, tem gente na Orkutlândia, mas para quem acha que a Facebooklândia está perdida, provavelmente via o Orkut como uma Sodoma das redes sociais, esta em seus aureos tempos, era muito pior...
Mas, por mais que falamos mal, a Facebooklândia é viciante, e por isso todos ainda estamos aqui.
E eu com uma mochila que deve pesar o dobro do meu peso, caminhando pela beira da estrada, penso: "Nunca ganhei carona de um carro importado", nisso para uma Land Rover, parecia que meu pensamento fez parar o carro, por coinscidência um cavalheiro de Canoas, que me diz: "Tchê, te vi em Uruguaiana e não parei porquê estava indo em uma reunião, mas agora vamos embora, para onde tu vai? Eu respondi: "Para Santa Cruz!" logo me mandou entrar no carro e partir! A conversa estava tão boa que paramos em um restaurante e conversamos sobre muitas coisas... Um grande empresário do agronegócio, senhor Altair Ayres, escutava apreciando as histórias sobre minha viagem, e eu como uma esponja, absorvia tudo que ele falava também, em alguns horas tive uma aula de empreendedorismo, o mesmo deixou seu cartão e faz questão que eu entre em contato assim que estiver em Canoas! Como Santa Cruz era muita fora de rota, o mesmo me deixou em uma rodoviária a 50 km de Santa Cruz e ainda me ofereceu o dinheiro da passagem! Na rodoviária de Pantano Grande, descobri que náo tinha mais ônibus para Santa Cruz, já passava das 21 horas, então comprei uma passagem até Rio Parfo, 30 km de Santa Cruz, so entrar no ônibus encontro uma amiga de Canoas, que me pergunta o que estava fazendo indo para Rio Pardo, e lâ vai eu contar toda uma história novamente, descemos do ônibus, lá esperava o seu namorado, o Renato... Fui para estrada novamente, e fiquei quase meia hora tentando carona, até que eles voltaram e me trouxeram para casa dele, onde agora estou. Eu nem sei mais quantos agradecimentos devo, são muitos, eu recebi uma força tão grande para voltar do Chile, uma carona de uma caminhoneiro brasileiro que me trouxe dos Andes até Uruguaiana, o Jorge Dias, um argentino o Matias, que me ajudou a passar a ponte, entre tantos outros que fizeram dessa viagem uma aula que jamais esquecerei! Foram tantas coisas, tantos lugares, e parece que vivi uma vida em um mês. Mas como muito escutei, a melhor força de agradecer o apoio que recebi é "passando adiante" e aqui está minha palavra a todos: Eu vou passar adiante! Respeito, humildade e autrísmo com o próximo, perseverança, disciplina consigo mesmo e ser uma fonte de positividade para tudo que me cerca. Meus amigos das mais diversas partes uruguaios, argentinos, dominicanos, chilenos, peruanos, brasileiros, franceses e outros que por onde andei conheci, eu serei eternamente grato pelas lições que recebi, e repito, um dia vou ser como vocês, e todas nossas conversas não serão em vão, assim como minha promessa, EU VOU PASSAR 
Acho que o segredo da felicidade está em encontrar alguém para dividir os sonhos. Alguém que compartilhe a alegria e seja seu travesseiro nas horas amargas. Alguém que que te silencie com um beijo demorado, alguém que te escute com o coração. E também, você possa oferecer conforto, ser o motivos de muitos e belos sorrisos, ser aquele cobertor que te protege do frio e até do mundo lá fora. Acho que o segredo da felicidade está no amor, aquele puro, cristalino, que te rejuvenece, que te dá forças para superar obstáculos, que te faz crescer, amadurecer! Eu falo de coisas que são admiráveis até para os mais discrentes como Eu. Que me fazem ter uma inveja boa, que contagia e faz bater até o coração mais castigado. Algo que transcende uma beleza e uma luz que faz apagar até brilho do diamante mais valioso. Algo que deve ser admirado calado "como quem ouve uma sinfonia". Eu me sinto privilegiado por poder presenciar algo dessa grandiosidade, meus parabéns Jéssica e Cristiano, por essa linda união, e pelo fruto dela, essa criança que está por vir. (silêncio) (parabéns)
Autobiografia fria!
Hoje, escrevo sobre Teoria do Delito, pois sou graduado em Direito e busco uma bolsa de mestrado. Estudo quatro idiomas (inglês, espanhol, francês e alemão), li os mais diversos livros filosóficos (procurando filósofos ateístas, pois sou ateu), li tudo que Freud escreveu (qualquer dúvida chama inbox, tenho amigos que converso tanto sobre filosofia quanto psicanálise, como tenho amigo que fazem eu exercitar os idomas que estudo). Mas, também sou um "mochileiro", sai e rodei alguns países de carona, só para dar liberdade ao meu espírito aventureiro (fui até demais, subi as Cordilheiras dos Andes). Surfo, curto minhas festas, já tive algumas mulheres, desde minha professora na faculdade a mulheres que realmente não valiam nada. Tenho bastante conhecidos, de pessoas muito ricas a pessoas bem mais fudidas do que eu. Sou um cara que busca fugir de qualquer preconceito, pois já fui por diversas vezes vítima do preconceito. Um pulo no início de tudo: Minha vó tinha uma "cabaré", meu pai, filho dela, "gerenciava" os negócios, nisso apareceu minha mãe para trabalhar, e então (tcharan) eis o Renanzin, ranhentinho. Minha mãe resolveu sair no mundo logo quando eu tinha um ano, fui ver ela só com os 13, vi umas duas vezes depois disso (acreditam que ela tem Face e não me adiciona?), mas seguindo, sempre fui um cara com notas altas, mas quando chegou a época da revolta, eu acreditava ter motivos o suficiente para ser um "rebelde", fui muito longe... Fui preso duas vezes, cheguei a ficar 46 dias no presídio central quando eu tinha uns 20 anos... E olha, eu achava que nada me mudaria, eu tinha uma namorada que eu gostava bastante, tinha moto, trabalhava, e mesmo assim as vezes saia fazer uma lucuradas para acalmar minha mente que nunca se aquietou, mas vi tanta coisa naquele lugar, vi coisas incomensuravelmente monstruosas, eu percebi que ali não era meu lugar, que eu poderia ocupar minha mente de uma forma mais produtiva (na verdade ei iria morrer rapidinho se não mudasse de vida) resolvi nunca mais fazer nada que pudesse me levar para lá novamente. Seguindo, saí do presídio, quase de imediato me tornei funcionário público (aquilo era o máximo para mim), tão em seguida, entrei na faculdade de Direito, na qual me formei em 4 anos e o tempo é 5, eu cheguei a fazer 12 disciplinas no semestre, meu índice de reprovação foi quase zero, eu só rodei quando eu quis, e uma vez que quis bater em um professor (em minha defesa, o cara estava perseguindo). Nesse tempo de faculdade rolaram alguns estágios, teve um que me demitiram porque descobriram que eu fui preso (covardia, eu era o ultimo a sair daquele lugar todo dia) um ato de preconceito fudido, assim como uma vez aconteceu de uma advogada que conheci no PROCON que ficou comigo e depois resolveu pesquisar a minha vida (preciso dizer que ela não quis mais me ver), pior que ela quis, mas meses depois, e esteve no meu apartamento só para "conversar" ("problema" foi ela arrancar minhas roupas durante a conversa), respeitei a decisão dela, mesmo tendo gostado dela e achado um ato de preconceito da parte dela. Mas foi mais ou menos isso aí, claro que tem história pra caralho, mas o que eu quis deixar bem claro aqui é que AS PESSOAS MUDAM, isso é questão de movimento, a Terra está em movimento, o universo se movimenta, o tempo não pára e as pessoas também não, hoje, eu só quero evoluir, e todo mundo quer, e todo mundo muda, basta querer e eu quis. Então, para os próximos que pensarem em pesquisar minha vida, está aí, eu conto detalhes mais sórdidos se precisarem (se for falar de mim me chamem, sei coisas podres a meu respeito hahaha). A nossa sociedade foi doutrinada na desconfiança, se tornou prisioneira em seu lar, grades te separam do mundo lá fora e você nem responde um processo criminal, vivemos tempos onde o medo acabou com a liberdade e tomou conta da nossa vida, e isso, pois, desconfiamos até de nós mesmos, e não damos crédito a um desconhecido, imagina se soubermos que ele já foi preso, não acreditamos na mudança, as vezes nem na nossa mesmo, mas ela é gritante, mudamos o tempo todo, da mesma forma que tudo é uma metamorfose ambulante (créditos ao Raul), somos parte de um todo em movimento. Somos humanos, somos todos iguais, com defeitos e virtudes, mas precisamos acreditar mais em nós mesmos, como humanos, como sociedade e como indivíduos, esse é o caminho verdadeiro para a paz, para a nossa liberdade e para um mundo mais HUMANO! Obrigado a quem leu até aqui esse desabafo.
E como diria Nelson Rodrigues: "O dinheiro compra tudo, até o amor verdadeiro."
Sorte minha ser um pelado.
A realidade de se nascer pobre...
Pobre quando dá certo na vida é porque certamente é um ser especial. Veja bem, pobre não só tem que ter mais tem que provar diversas virtudes para quem sabe tentar dois ou três salários minímos no mês. É obrigaçaão de todo pobre ser honesto, inteligente, bem apresentável (isso é o mais difícil, pobre sempre tem espinha na cara, roupas fora de moda e cabelo ruim), tem que ser o mais dedicado, pro-ativo e por aí vai... Eu na condição de "nascido pobre" já pensei em virar padre, quando criança, para ganhar uma faculdade (todos sabemos que não foi bem isso que aconteceu), (claro!), pobre tinha que ser o melhor na escola pública para tentar competir vaga em faculdade pública com a playboizada das escolas particulares (os caras faziam até cursinho). Mas se o problema fosse só estudar... Pobre trabalha desde de cedo e como vai ter saco para estudar? Pobre que entrou em uma faculdade já devia ser considerado um semi "Einstein"! Mas ser inteligente não basta, pobre ter por obrigação ser honesto (vão dizer "todos temos", mas me diz quanto ricos desonestos estão na cadeia?j Pobre desonesto tá fudido, vai preso! Fora o fato de ser pobre e rolar um certo preconceito por parte sociedade, se fosse negro ainda, até bem pouco tempo atrás, nem davam certidão de nascimento para o indivíduo, davam uma carteira de trabalho assinada pelo Mc' Donalds (não sou racista, estou falando sobre uma realidade). Pobre se não tiver uma cabeça boa, com 20 anos já tem 6 filhos e está no terceiro casamento, e não é que pobre goste tanto de sexo assim, é que a família tenta tirar logo de casa para diminuir as despesas. Pobre se não tiver talento não cresce na vida (financeiramente), por isso que os pobres que se deram bem até hoje eu considero como "semi-deuses", se estivessemos em eras mitológicas seriam filhos Zeus com qualquer vadia na rua! E isso não é um surto causado pela minha falta de dinheiro, é constatação, números (pobre apeende a contar juntando aneis de latinha, desde pequeno "quem nunca?"). Outra constatação sobre minha vida de pobreza, é que pobre quase que invariavelmente nasce feio, é uma criança feia e de cabelo ruim, um adolescente cheio de espinhas e sempre correndo atrás (anos atrás) da moda que estão impondo no colégio (me lembro que quando ganhei meu primeiro Penalty os caras ja usavam Nike a muito tempo)... E não pensem que por ser engraçado (hoje até é) isso não deixou de ser sofrido (hahaha sofrido foi ótimo), hoje, com uma mente mais aberta eu sei o tempo que perdi me preocupando com essa merda toda, mas veja bem, foi essa sociedade medíocre e patológica, viciada em consumo que me manipulou durante alguns anos e continua destruindo crianças, prova disso foi o que aconteceu esse dias no shopping de Canoas:
Uma escola levou os alunos para passear no shopping, estavam todos esperando para entrar no banheiro quando eu do banheiro eu escutei uma das crianças pedindo um salgadinho para uma professira, a estúpida disse que aquele salgadinho tinha sido outra criança que tinha trazido e que se ela quisesse tivesse trazido também (bem assim, seca) ( detalhe: estavam todos com o uniforme de uma escola pública, logo pobres a maioria, certamente com pais pobres que muitas vezes contam com a refeição da escola para alimentar os filhos). Não satisfeita, aquela professora, ser humano desprezível, disse que depois seria a hora do lanche, e quem tivesse grana poderia comprar, quem tivesse trazido poderia comer. (PORRA DO CARALHO PROFESSORA, se o guri pediu é porque não tem.) Indignado com a situação, mas sem dinheiro para comorar lanche para todos que não tinham, saí do banheiro parei na frente deles e falei, "façam assim, os que tiverem dinheiro ou lanche, dividam com os que não tem, vocês são colegas, e por favor, não escutem mais essa professora!
Se não trabalharmos uma consciência mais humana já em nossas crianças, nunca vamos poder esperar um mundo mais humano!