terça-feira, 6 de agosto de 2013

o terreno de esquina de um agricultor...

Ontem, caminhando em Canoas, vi um terreno no Jardim do Lago que servia como área para plantação de alguns vegetais. Aos olhos de alguns, uma atitude bonita, aos meus, lamentável. Em um terreno de valor acima de meio milhão de reais (bem acima), lugar nobre, terreno de esquina, e com a infra-estrutura­ que quem conhece Canoas sabe que o Jardim do Lago tem (os caras são tão "maravilhosos" que no domingo as suas ruas, que são PÚBLICAS ficam FECHADAS para que só eles possam circular com seus belos carros importados), uma dessas pessoas muito bem-sucedidas financeiramente­, não sabendo mais onde enfiar o seu dinheiro, resolveu virar micro-agriculto­r, e investiu muitos milhares de reais (muitos mesmo) nessa "saudável" empreitada. O dinheiro é dele, eu sei, ele faz o que quiser, mas com esse mesmo investimento, um pouco mais quem sabe, ele poderia comprar alguns hectares de terra no interior, colocar algumas famílias a trabalhar, assim as ajudando, e sempre que quisesse ter alimentos saudáveis, iria buscar, poderia ficar lá cuidando também. São esses pensamentos egoístas que me fazem desacreditar na sociedade, e esse é um exemplo, as diferenças entre os que tem para os que não tem são tão gritantes, visíveis em todas as esquinas. O egoísmo mascarado por uma hipocrisia imunda parece se disfarçar dentro do próprio ego de alguns, estes que doam R$15 para o Criança Esperança, e passam por cima de uma criança atirada na calçada... O que os olhos veem o coração não sente, o que os olhos não veem, isso o coração sente... Assim deveria ser esse ditado! E a grande maioria dos que não tem são tão estúpidos que se influenciam por qualquer chamada da mídia, "PENA DE MORTE!", "DIMINUIÇÃO DA MAIORIDADE PENAL!", mal sabem eles que quem vai acabar morrendo são seus filhos, seus parentes, amigos e não os desgraçados que fuderam com toda essa porra, é como se tivesse um grande empalador que cuidadosamente foi colocando os paus fincados na ignorância da sociedade e os pobres miseráveis vem e colocam suas bundas ali para serem rasgadas! Mas eu só queria falar do terreno de esquina, e do nosso grande micro-agriculto­r!

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